Grandes Vidas, Grandes Obras
Em geral, a existência de um ser humano toca - e afeta - a de uns tantos ou quantos conhecidos. No decorrer da História, no entanto, alguns homens realizaram façanhas que afetaram as vidas de milhares, ou milhões de outros seres humanos. Em certos casos o impacto de tais façanhas só tem maior importância em relação aquele momento específico, em outros casos, o impacto se faz sentir por muitas gerações, chegando a ser decisivo em tudo que ocorre daquele momento em diante.
As vidas de Buda e Jesus permanecem como paradigmas para bilhões de pessoas até hoje. Já a de Alexandre, o Grande, que por alguns anos governou a maior parte do mundo civilizado, se olharmos o mundo como era cem anos depois de sua morte, pode-se dizer que a História subseqüente teria sido diferente sem ele? História dos Grandes Homens
A História dos Grandes Homens é uma teoria da história que busca explicar a História a partir da ação e do impacto dos chamados "grandes Homens", indivíduos muito influentes, seja por carisma, inteligência genial ou por grande impacto político.
Como exemplo, um historiador que privilegie essa linha de trabalho, estudaria a Segunda Guerra Mundial enfocando as grandes personalidades nela envolvidas — Franklin Delano Roosevelt, o Imperador Hirohito, Josef Stalin, Sir Winston Churcll e outros — e perceberia todos os eventos históricos como ligados diretamente às decisões e ordens de cada um deles.
Desta forma, não poderíamos deixar de citar o nome de Carlos Drummond de Andrade ao pesquisarmos sobre Literatura, ou ao ensinar geometria sem falar de Pitágoras. O que me diriam de estudar genética sem falar de Mendel, ou de evolução sem falar de Darwin.
Esta teoria é normalmente contrastada com a teoria que propõe que os eventos acontecem numa dada circunstância de tempo, ou quando uma imensa quantidade de pequenos eventos causam certos acontecimentos.
Comumente associada ao filósofo e historiador Thomas Carlyle, que comentou "A história do mundo é apenas a biografia de grandes homens", a sua abordagem foi bastante popular por historiadores profissionais entre o final do século XIX e o início do XX.
Durante a maior parte do século XX, a história dos grandes homens esteve desfavorecida, uma vez que a grande maioria dos historiadores acreditavam que fatores econômicos, sociais, ambientais, e tecnológicos eram mais importantes para a história do que as decisões tomadas por determinadas pessoas. Recentemente, registra-se, entretanto, um retorno à produção biográfica.
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